Diagnóstico do Diabetes Mellitus
- Alunos de Farmácia
- 9 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de out. de 2018
Exames laboratoriais para o diagnóstico de diabetes e de regulação glicêmica alterada
Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada são:
Glicemia de jejum: nível de glicose sanguínea após um jejum de 8 a 12 horas; Quando dosada a glicemia em jejum dos pacientes, o resultado apresentado fornece apenas o indício de como está o nível da glicose plasmática nas últimas horas.
· Glicose plasmática de jejum ≥ 110 mg/dl e < 126 mg/dl.
· Glicose plasmática < 110 mg/dl e na presença de dois ou mais fatores de risco para Diabetes Mellitus nos indivíduos com idade ≥ 45 anos.
Dosagem da hemoglobina glicada (A1C): As hemácias, cuja função é transportar oxigênio por todos os tecidos do corpo humano, são constituídas, principalmente, por hemoglobina. Quando os níveis da glicemia sanguínea encontram-se aumentados, uma parcela da hemoglobina começa a ligar-se a essa glicose circulante em excesso, produzindo a hemoglobina glicada, ou seja, hemoglobina ligada à glicose, sendo essas acumuladas no interior das hemácias, adquirindo, com isso, uma meia-vida.
Principais métodos disponíveis:
Cromatografia de troca iônica: O método de cromatografia líquida de alta eficiência (high performance liquid chromatography, HPLC) por troca iônica (ou troca catiônica) consiste na separação das diferentes formas de hemoglobina de acordo com a carga da molécula.
Cromatografia por afinidade: Esse método faz apenas a distinção entre hemoglobina glicada e não glicada. Apesar de não permitir a visualização de outras formas de hemoglobina, a cromatografia por afinidade não sofre interferência das formas variantes mais comuns de hemoglobina. Apresenta menor custo em relação á cromatografia de troca iônica.
Imunoensaio de inibição turbidimétrica: Consiste em um método imunoturbidimétrico que utiliza anticorpos específicos para HbA1c, ligando-se a região da cadeia β da hemoglobina próxima ao sitio de glicação. Possuem baixo custo e podem ser realizados em analisadores bioquímicos automatizados.
Nenhum desses exames, entretanto, é validado para o diagnóstico de DM. Alem disso, exames como glicemia pós--prandial, frutosamina, 1,5-anidroglucitol (1,5-AG) e albumina glicada pretendem acrescentar informação a estimativa da glicemia média e/ou mensurar a variabilidade glicêmica.
Teste oral de tolerância à glicose (TOTG-75g): O paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão. O exame também não deve ser feito durante uma fase em que a pessoa esteja doente. Nesses momentos, é comum que exista um aumento da glicose no sangue, por uma série de motivos. Isso acontece porque o corpo, quando doente (por uma infecção, por exemplo), busca mecanismos para aumentar a oferta de energia às células, para que elas possam combater o problema. Isso leva ao aumento temporário da glicemia, enquanto a doença durar. Deve-se jejuar por 8 a 12 horas antes desse teste.
Glicemia casual: Tomada sem padronização do tempo desde a última refeição. Este teste serve para triar pacientes, em geral, para levantamentos epidemiológicos de Diabetes mellitus. Pode ser feito com uma gota de sangue de ponta de dedo. Este sangue, chamado capilar, é uma mistura de sangue arterial, sangue venoso e linfa.
Ainda existem exames de rotina que são feitos para o complemento do diagnóstico, como colesterol , triglicerídeos, alguns outros e de urina para verificar sedimentos, infecção urinária.

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