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Infecções mais incidentes e exclusivas em portadores do Diabetes Mellitus

  • Foto do escritor: Alunos de Farmácia
    Alunos de Farmácia
  • 14 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de out. de 2018


Cada tipo de infecção é associada a germes típicos e seu conhecimento é essencial para profilaxia e tratamento adequado. O conhecimento sobre as infeções é de suma importância por requerer frequentemente uma abordagem multidisciplinar, envolvendo endocrinologistas, infectologistas, cirurgiões vasculares, nefrologistas entre outros.


Infecções do Trato Urinário

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Infecção Urinária. Fonte: Blog Biologia.net

· Bacteriúria assintomática

É mais comumente observada em mulheres; a sua evolução para quadros de pielonefrites (inflamação dos rins) é tema de muita discussão no ramo da literatura médica, não havendo, por esse motivo, consenso quanto à necessidade do emprego de antibioticoterapia nesses casos.

· Pielonefrite

Ocorre com frequência de 4-5 vezes maior em pacientes portadores da diabetes mellitus, sendo a Escherichia coli e Proteus sp. os agentes causadores mais observados. Os sinais e sintomas assemelham-se aos observados em pacientes não diabéticos, sendo mais comum a inflamação dos rins, causada por bactérias.


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Pielonefrite. Fonte: Medicina fatos e verdades

Infecções de Partes Moles

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Infecções Cutâneas. Fonte: Dettol

· Fasceíte necrotizante:

É uma infecção comum, porém potencialmente fatal, que acomete a pele e as partes moles com um processo de necrose. O diabetes mellitus é um importante fator de risco para o desenvolvimento de fasceíte ao lado do etilismo (uso incontrolável do álcool) bem como o uso de drogas endovenosas. É classificada em dois tipos:


- Tipo I: infecção mista causada por bactérias anaeróbias. Acomete geralmente indivíduos de meia idade. Geralmente após procedimentos cirúrgicos, indivíduos com DM ou doença vascular periférica. A infecção se inicia nos pés, avançando-se pela fáscia (lâmina em que se fixam alguns músculos) até a perna.


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Fasceíte Necrosante tipo 1. Fonte: ARTIGO DE REVISÃO (Infecções no paciente com Diabetes Mellitus).

- Tipo II: causada por Streptococcus do grupo A. Ocorre em qualquer faixa etária. O principal sintoma é a dor intensa com achados cutâneos, sendo uma dor desproporcional. Pode ocorrer febre alta, mal estar, dores musculares e diarreia. Depois de 24 a 48 horas, a pele escurece com desenvolvimento de bolhas.


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Fasceíte Necrosante tipo II. Com, e após os rompimento das bolhas. Fonte: ARTIGO DE REVISÃO (Infecções no paciente com Diabetes Mellitus).

· Síndrome de Fournier – gangrena:

Caracterizada por uma grave infecção dos tecidos moles, a gangrena é um tipo específico de fasceíte necrotizante que ocorre na genitália masculina, devido a morte celular. Não há evidências definitivas de que sua maior frequência seja em pacientes com DM.


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Grangrena em Genitália Masculina

Pé Diabético

Pé diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos desta forma lesões plantares costumam ser resultado de uma série de alterações metabólicas, vasculares e neuropáticas, que atuam de forma sinérgica, acometendo os pés do pacientes. Os problemas nos pés do diabético estão entre as complicações crônicas mais devastadoras da doença, caracterizado por lesões ulcerativas sendo umas das principais causas de amputação não traumática de membros inferiores e os maiores responsáveis pelo internamento hospitalar, podendo em alguns casos levar a óbito. Isto ocorre porque o açúcar alto no sangue lesa as terminações nervosas e a parte interna das pequenas artérias do pé.


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Pé Diabético. Fonte: Banco da Saúde

Essas alterações ocorrem lentamente, quase imperceptíveis para o paciente e quanto maior o tempo de doença, maior a chance de desenvolver o pé diabético. Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras nos pés, destaca-se a neuropatia diabética periférica responsável pela diminuição da sensibilidade, doença arterial periférica e deformidades e comprometimento da função imune.


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Neuropatia Diabética. Fonte: Site Pés sem dor

Microorganismos no pé diabético:

· Gram-positivas - Sthaphylococcus aureus (patógeno predominante nas infecções leves do pé diabético).

· Cocos Gram-positivos e bacilos Gram-negativos - Proteus mirabilis, Eschirichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa ... (Predominante na infecção de moderada gravidade no pé diabético).

· Cocos Gram-negativos e positivos, anaeróbios e aeróbios - Staphilococcus meticilina- resistente, Pseudomonas, Enterococcus (predominante em infecções graves do pé diabético, germes resistentes a diversos antibiótico).


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Diferença entre Bactérias Gram-Positivas e Gram-Negativas. Fonte: Science.blog




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